Sei que o assunto Oscar pode já estar fora de pauta da maioria das pessoas, mas como aqui, em Maceió, os cinemas estão mesmo defasados na apresentação dos filmes, só sábado fui assistir ao premiado filme: Onde os fracos não têm vez.
Gente, fiquei impressionada em constatar como podem ter dado a ele o prêmio de melhor filme, um elogio à violência gratuita, pois é a história de um matador impiedoso e frio, que mata inocentes só por estarem à sua frente - mesmo não sendo impecilhos no seu caminho em busca de mala cheia de dinheiro - além de um final incoerente.
Pode ter a melhor fotografia, que não foi premiada e talvez o merecesse; o ator, que faz o matador, ganhou Oscar de melhor coadjuvante, quando na verdade é o protagonista perverso, completando uma premiação incoerente para um filme igualmente incoerente.
Li depois muitas críticas também desfavoráveis e, nas favoráveis, descobri que havia uma voz, monólogo do xerife, que ia comentando, ao longo do filme, as mudanças de caráter dos agentes da lei, considerações saudosistas da coragem e modo de enfrentamento da criminalidade, servindo de contraponto ao que se passava diante de nossos olhos. Sinceramente, em poucos momentos me dei conta daquela voz, que certamente estava perdida no tumulto das cenas sangrentas que, chocantes, nos mantinham, em muitos momentos, de olhos e ouvidos fechados.
Portanto, se a intenção era criar o embate entre as reflexões de um xerife desanimado, perto da aposentadoria, e as ações criminosas que se desenrolam independentes de qualquer freio da lei, esqueceram de avisar o público.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário