Fui a um enterro hoje, de um primo de meu marido, pessoa com quem convivemos mais há uns anos atrás e muito pouco ultimamente, mas que sempre nos foi um caro amigo.
A tristeza é por conta do próprio fato da surpresa da morte, que cada vez mais nos tem mostrado a imensa fragilidade da vida o que nos leva a constatar também que estamos perdendo as pessoas de nossa convivência, realidade da própria natureza do homem: estamos ficando mais velhos.
A emoção foi no encontro de pessoas queridas, familiares e amigos, alguns há muito sem nenhum contato, principalmente operários e funcionários da Usina de açucar, onde moramos e trabalhamos, durante 12 anos, nas décadas de 60 e 70. Depois que saímos de lá, a usina foi vendida e acabou fechando suas atividades e essas pessoas, em geral, se dispersaram para outras empresas, mas algumas ainda permanecem morando no povoado, por conta de disputas trabalhistas e outras motivações.
Encontro que me fez pensar numa vida que foi minha, naqueles primeiros anos de casada, sobre a qual ainda escreverei um dia. Saudade!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
PASSEIO ÀS HIDRELÉTRICAS NO SERTÃO
Foi um passeio cansativo, porque em poucos dias (2), mas maravilhoso. Fomos de Maceió até Xingó (divisa entre Alagoas e Sergipe) e depois até Paulo Afonso (entre Alagoas e Bahia) numa van alugada com motorista, o que nos permitiu ir conversando com nossos convidados e apreciando a paisagem, do agreste e depois do sertão, que está lindamente verde, depois das chuvas, que por aqui não foram demasiadas, como em outros estados do nordeste.
As cachoeiras estão domadas, só surgem as quedas quando há excesso de água no lago provocado por grandes chuvas nas cabeceiras do rio em Minas Gerais.
E ali estávamos nós! Muito interessante.
Antes de Xingó, paramos na cidadezinha de Piranhas/AL, à beira do Rio são Francisco, onde quando da captura de Lampião e seu bando, foram expostas suas cabeças na escadaria da estação ferroviária, local hoje transformado em Museu do Sertão.
O Rio São Francisco, tão presente hoje nas discussões de sua transposição, não é ali mais caudaloso como outrora, o que é motivo de preocupação para todos que são contra essa pretenção. Há sim grande necessidade de ações de revitalização do rio, como saneamento básico nas cidades e povoados ribeirinhos e a recuperação da vegetação das margens para sua contenção, evitando o assoreamento. Piranhas fica depois da última hidrelétrica, com as águas a caminho da foz. Com todas as agressões, o rio é ainda muito bonito.
Quando chegamos em Xingó, já havia passado a hora do passeio de catamarã no lago formado pela barragem, envolvido pelos paredões do canyon. Foi uma pena, mas também não tínhamos tempo para ficar por mais um dia.
Lá fomos até a recepção da Usina, onde obtivemos informações sobre sua construção.
No outro dia fomos direto para a Usina de Paulo Afonso/Ba, passando, no caminho, pela cidade de Delmiro Gouveia/Al, cidade onde esse grande empresário foi assassinado, provavelmente por suas idéias e empreendimentos avançados para a época, primeiras décadas do século XX, que incomodavam companhias estrangeiras, da área têxtil, aqui instaladas. Em 1912 ele construiu e colocou para funcionar a primeira hidrelétrica brasileira, também aproveitando a Cachoeira de Paulo Afonso, de onde desviava a água por um duto que ia movimentar uma pequena turbina construída num paredão do rio são Francisco, e fornecia energia para a cidade e para sua indústria. Olha ela aí abaixo, cujo prédio está bem preservado.
Visitamos a Usina de Paulo Afonso, que na verdade são 5 usinas que usam a água de um mesmo lago. Pudemos entrar na PA3 que, como as outras instaladas lá, estão dentro de túneis cavados nas rochas, aliás as únicas no Brasil assim construídas.
As cachoeiras estão domadas, só surgem as quedas quando há excesso de água no lago provocado por grandes chuvas nas cabeceiras do rio em Minas Gerais.
E ali estávamos nós! Muito interessante.
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